E por falar em Educação...

Educação... Brasil de 1500 a 2000, um desabafo
Profª. Augusta Schimidt

“O futuro não nos pertence ainda, embora nossas ações sejam determinantes para a sua construção.”
A.S

Sempre que pensamos num mundo melhor, acreditamos que vamos colher os frutos cujas sementes plantamos ao longo da vida.
Por vezes nos deparamos com situações que melhor seria desaprendermos, ou seja: que o dinheiro é fundamental, que um grande posto na carreira significa sucesso e que mudar a forma de pensar é crucial. Para tais situações o pensar não basta, requerem uma ação verdadeira. Uma mudança efetiva.

O Brasil é ainda um país criança, por isso acredito que ainda existam chances, mas é preciso para isso que se criem laços, compromissos e para que haja uma transformação, há que se cuidar da educação.
Há pouco mais de 500 anos, quando os portugueses aqui chegaram, encantaram-se com as belezas naturais, com as palmeiras, os coqueirais.
E no regresso às suas terras, carregavam os porões das caravelas com espécies vegetais e animais que acreditavam ter importância ao homem e a sua sobrevivência.
Foi assim que começaram a se criar as leis e a tutelar determinados bens, surgindo então a obrigação ao respeito. Conclui-se assim que as leis são normas valoradas e criadas por representantes da sociedade e refletem o corpo social que jamais compreendeu que o valor da vida não se relativiza pela forma do corpo que habita.

Como bem disse Drummond de Andrade, “as leis não bastam, os lírios não nascem das leis”.

O Brasil está crescendo e com ele as urgências. Homens concretos vivem e morrem sem opções. As promessas são muitas e grandes as frustrações. Perguntas sem respostas, conquistas e desconquistas, verde descolorido e um povo sentido. Jovens que convivem com o conformismo e a indiferença e o desmoronamento de seus sonhos.
Ser jovem hoje em dia, se caracteriza conforme o contexto histórico no qual está inserido, pois sua formação é definida e concretizada a partir do que se espera de uma categoria social. As sociedades dinâmicas utilizam as potencialidades da juventude para produzir transformações positivas. No entanto, essa potencialidade só se transforma em função social quando há um processo de integração desses agentes revitalizadores.
Uma analise histórica das políticas sociais do Brasil mostra que seu caráter fragmentário marginaliza os jovens na rede de proteção social. Quando se olha para a conjuntura atual, crise social, falta de políticas sociais básicas, desemprego, violência, entende-se o porquê dos jovens dos anos 2000 projetarem seu futuro na ótica do risco. As etapas naturais percorridas para chegar à condição de adultos estão sendo dificultadas. Vivemos hoje na fase do encurtamento da idade infanto-juvenil que se configura um fator importante da crise social.
Em virtude das dificuldades financeiras, os jovens são obrigados a manter a dependência dos pais ou se aventurar aos negócios ilícitos. Considerando também que a escola publica está muito longe de alcançar seus objetivos formativos, os jovens das famílias desestruturadas acabam, na maioria das vezes, movimentando-se em direção ao crime.
Diante disso, faz-se necessário uma nova estrutura de formação e inclusão do jovem na sociedade.

Campinas/18/2/07



Artigos sobre Educação / Profª. Augusta Schimidt
Fev.2007

Parte I

Em muitos momentos me questiono sobre como é o ensino, como é feito, seus valores, metodologia, enfim o que é a educação.
Acho que educar é romper limites ampliar idéias através da realidade que evolui a cada momento. A escola proporciona ao aluno o ensino e o desenvolvimento para o trabalho, o exercício da cidadania e a vida social, mas para isso necessitamos de profissionais aptos para estimular a aprendizagem. Infelizmente é fato corriqueiro vermos nas escolas públicas, crianças excluídas por suas deficiências, condição social, cor etc.
É preciso muito mais para educar. É preciso comprometimento, é preciso ousar.
É preciso ter urgência com a criatividade:
Através do desenvolvimento da capacidade criadora promover-se-á autonomia, a responsabilidade motivadora e um crescimento mais equilibrado e global da criança. As suas manifestações criativas podem de igual modo, ajudar-nos a compreender melhor o desenvolvimento emocional, intelectual, físico, perceptual, social, estético e criador da criança. Por exemplo, as crianças cuja criatividade fique inibida, por regras ou forças que lhes são alheias, podem retrair-se e, então, recorrer a formas estereotipadas de criação (cópias, linhas ou idéias de outros, adoção de perspectivas gastas, etc.) ou mesmo deixar de praticar e de ter gosto na própria criação. A criança emocionalmente livre, desinibida, na expressão criadora, sente-se segura e confiante ao abordar qualquer problema que derive das suas experiências.
Segundo LOWENFELD e BRITAIN, 1977 “ A criatividade pode, igualmente, trazer outra relevância à forma como o sistema escolar está organizado”.
Se o professor tem a responsabilidade de organizar o processo ensino-aprendizagem, de proporcionar os materiais didáticos, de decidir sobre o melhor método para o estudo do currículo, a presença sistemática da criatividade nas suas planificações, abertas ou fechadas, desencadeará na criança a procura das suas próprias respostas e soluções, de forma interessada e apaixonante, em vez da recepção, pura e simples, dos valores e conhecimentos do professor. Para, além disso, podemos observar que a criança cria a partir de qualquer grau de conhecimentos que possua na fase em que se encontra.
O próprio ato de criar pode fornecer-lhe novos vislumbres, novas perspectivas e nova compreensão para a ação futura. Provavelmente, o melhor preparo para criar é o próprio ato de criação. Ainda de acordo com Lowenfeld e Britain “ num sistema educacional equilibrado, em que o desenvolvimento do ser total é realçado, o pensamento, o sentimento e a percepção do indivíduo devem ser igualmente desenvolvidos, a fim de que possa desabrochar toda a capacidade criadora em potencial. Há que alterar, pois, a mentalidade e o posicionamento dos adultos, daqueles que não fomentam a criatividade, tanto na escola como na família.” Os adultos devem deixar de reprimir, por exemplo, o que muitas vezes é considerado um comportamento infantil nos jovens (que os seus filhos mais velhos deixem de fazer "criancices"). De igual modo, o professor, sobre quem é exercida uma enorme pressão conformista, para que se conforme com as normas de conduta da escola deve ser o modelo (e o líder!) para que acriança adquira estimulo para criar.
Aprender é apaixonante; a criança é naturalmente curiosa. Isto significa que ela é espontaneamente motivada à aprendizagem. O desinteresse dela muitas vezes resulta de situações em que foi agredida em seu desejo de investigar o mundo. Cabe ao professor educador manter e alimentar esta curiosidade inata.
Cabe ao educador provocar o aluno a aplicar seu conhecimento, levá-lo a fazer.
Conhecimento que não tem aplicação prática não é conhecimento. Ao praticar o aluno tem a oportunidade de confrontar a ilusão do conhecimento com a realidade efetivamente conhecida. Aproximar estas duas dimensões do saber é efetivamente conhecer.
A aprendizagem se dá principalmente no grupo. É no confronto com o outro que percebemos nossa forma de pensar o mundo, nossas semelhanças e diferenças.
O educador deve estar atento ao juízo de valores expresso pela criança ao contar fatos, contribuindo para a formação ética da mesma. A prática educacional deve ser orientada para propiciar a descoberta de que conviver com outras crianças é prazeroso.
O respeito ao semelhante e o amor são construções, envolvem a capacidade de apostar em si mesmo, no outro e na busca de conhecimento. Amar envolve constatar as próprias incompetências, o que traz como conseqüência o aumento da tolerância em relação ao outro. Amar envolve a capacidade de rir de si mesmo, dos próprios erros. Pressupõe a capacidade de correr riscos, de apostar na capacidade de aprender, de transformar a si e ao mundo.
Estimular a heterogeneidade do grupo é fundamental na construção da identidade do indivíduo. Para tanto, a observação constitui-se em instrumento básico. É fundamental buscar o entendimento do perfil do grupo com o qual se trabalha. O ensino tradicional, de características autoritárias, trabalha o grupo para torná-lo homogêneo, nega as diferenças individuais, cobra dos alunos que todos dêem respostas iguais às situações-problema apresentadas. Esta linha de trabalho estimula a diferença. O conhecimento vai sendo construído pelo grupo à medida que cada um emite sua opinião, cabendo ao professor sistematizar e ampliar este conhecimento.
A escola deve ser um espaço estimulador da capacidade de se expressar através da arte, orientando-se para o desenvolvimento da capacidade criadora.
A ação educacional pressupõe a capacidade de encorajar a criança a formular seus próprios conceitos, expressando-os através de distintas linguagens.
Num espaço acolhedor, seguro e estimulador de novas experiências, a criança deve participar do planejamento e ocupação do espaço da sala de aula; organizá-lo de forma a facilitar as atividades diárias.
Esta construção e descoberta conjunta do espaço físico é o alicerce para a apropriação do conhecimento da criança em idade de creche e pré-escolar. As atividades de Artes com as crianças devem estar relacionadas aos projetos trabalhados pela professora da turma.
O educador é um provocador. Sua atuação deve orientar-se para desafiar a criança a solucionar problemas de seu interesse.





Artigos sobre Educação/ Profª. Augusta Schimidt
Fevereiro/2007

Parte II

Criança, Vida, Arte

Tudo o que se desenvolve na vida do ser humano tem sua semente plantada na infância. O amor pelo mundo, a atenção para o mundo, o cuidado com o mundo... O estar no mundo! É nesta fase da vida que o organismo termina de se conformar e os sentidos são lapidados.
Uma porta de entrada para este desenvolvimento pleno é a arte, que pode ser entendida em vários âmbitos. O ambiente em que a criança está inserida deve ser belo, artística e amorosamente cuidado, para condizer com sua alma que confia em ser o mundo maravilhoso, onde vale a pena viver, onde
Tudo vale a pena imitar e aprender.
As ações dos que estão à volta da criança são o ponto de partida para seu aprendizado, os exemplos que ela imita, ansiosamente, em seu caminho de chegar ao mundo. Belos gestos, um fazer artístico e dedicado devem compor este repertório a ser apreendido.
As atividades que ela própria desenvolve e pratica são as ferramentas que modelam sua percepção do mundo, os seus sentidos. O uso das mãos e dos dedos, o experimentar materiais naturais diversos, os movimentos harmoniosos do corpo em brincadeiras espontâneas, jogos e rodinhas, ajudam a desenvolver as forças formativas do corpo humano e a lapidar a percepção sensorial da criança.
Os contos de fada na primeira infância constituem, em especial, um importante instrumento nas mãos de pais e educadores. As crianças necessitam de imagens para o desenvolvimento de sua vida anímica, e esses contos guardam um verdadeiro patrimônio de imagens, ricas em fantasias.
Impregnadas de leis espirituais.
Promovendo valores como tolerância, solidariedade e amor pelo próximo, as histórias na infância contribuem para a diminuição dos índices de violência e agressividade, na medida em que estimulam a criança a lidar com a imaginação e a exteriorizar a agressividade de forma sadia.



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Parte III

Arte e Educação: Um encontro possível

O ensino da arte é fundamental para o desenvolvimento da criança, pois envolve o pensamento, o sentimento estético e a formação intelectual. Desenhar, pintar, construir faz com que a criança reúna diversos elementos de sua experiência para formar um novo.
Arte – educação significa expressar os sentimentos de uma vida vivida e não uma imitação. É na verdade um movimento educativo e cultural que busca a construção de um ser humano completo, total, de acordo com um pensamento idealista e democrático.
A educação escolar e o meio social exercem ação recíproca e permanente, um sobre o outro, tanto que para alguns educadores a educação escolar é pensada de forma idealística, considerando-a muito influente e capaz de mudar por si só as práticas sociais.
De outra forma, existem os educadores que acreditam que é a sociedade com suas praticas que determina totalmente a educação escolar, que é considerada reprodutora dessa sociedade, sendo incapaz de mudá-la.
Viktor Lowenfeld exerceu extraordinária influencia sobre a educação e em grande parte, graças a ele, é que a educação artística passou a ser reconhecida como disciplina importante do currículo nas escolas publica. Isto aconteceu, não só por causa do seu considerável interesse e de sua influência na arte, mas também por sua preocupação e dedicação com as crianças.


Artigos sobre Educação / Profª Augusta Schimidt
Fevereiro/2007

Parte IV

Arte terapia infantil

Desde o século 5 a.C., há registros na Grécia de emprego da Arte, como um meio de tratamento e cura. Desde épocas remotas, as expressões artísticas correspondem à expressão psíquica da comunidade e, particularmente, de cada indivíduo. Com isso, a arte passou a ser utilizada como instrumento de expressão cooperadora e transformadora na edificação de seres mais inventivos, criadores, fortes e saudáveis.
Segundo Philippini (1994), a arte como ferramenta terapêutica, no Brasil, é vista por segmentos mais conservadores, com reservas. Contudo, dentro do universo Junguiano, ela sempre esteve presente entre as estratégias terapêuticas dos que trabalham com esta abordagem. Parte-se da premissa que os indivíduos, em seu processo de autoconhecimento e transformação, são orientados por símbolos. Estes emanam do self, centro de saúde, equilíbrio e harmonia, representando o pleno potencial da psique e a sua essência. Na vida, o self, através de seus símbolos, precisa ser reconhecido, compreendido e respeitado.
O objetivo da arte terapia, na visão junguiana, é o de apoiar e o de gerar instrumentos apropriados, para que a energia psíquica forme símbolos em variadas produções, o que ativa a comunicação entre o inconsciente e o consciente. (Philippini, 2000)
A arte terapia auxilia neste processo, oferecendo inúmeros materiais para que o indivíduo sinta-se livre na escolha daquele que mais lhe for apropriado. Isso atende a sua singularidade, funciona como ferramenta para despertar e ativar a criatividade e, também, para desbloquear e transmitir à consciência instruções e informações oriundas do inconsciente. Essas informações normalmente são ignoradas, contidas e disfarçadas, encobertas e principalmente ocultas. Na psique humana, e, as informações colaboram para o desenvolvimento de toda a dinâmica intra-psíquica, ao serem transportadas à consciência por meio do processo arte terapêutico
Este processo é facilitado pelas modalidades e materiais expressivos diversos, tais como tintas, papéis, colagens, modelagem, construção, confecção de máscaras, criação de personagens e outras infinitas possibilidades criativas. Todos propiciam o surgimento de símbolos indispensáveis para que cada indivíduo entre em contato com aspectos a serem entendidos, assimilados e alterados.
As modalidades expressivas devem ser criativas e variadas para o alcance da compreensão simbólica, e também da função organizadora específica de cada símbolo. Por isso, é muito importante que o setting terapêutico seja munido de instrumentos indispensáveis à viabilização desse processo, vez que o símbolo contém por meio da linguagem metafórica, o sentido de todos os enigmas psíquicos. (Philippini, 2000)
Dentre estas modalidades expressivas, destaca-se a construção, que é também um modo de informação lógica, sendo imprescindível, sobretudo para o adolescente. É através da construção que o adolescente transmite o seu sentimento, pensamento e o modo como vivencia e entende o mundo, fazendo-o de acordo com o seu próprio desenvolvimento emocional, mental, psíquico e biossocial.
A construção proporciona, em síntese, a reprodução do conhecimento e a estruturação, constituição e reconstituição do nosso universo interior. Segundo Rubin Apud Coll et al (1995), todo processo criativo, após o momento de se deixar levar, experimentar e explorar materiais surge como uma necessidade de organizar, de colocar junto, de arranjar e elaborar o trabalho final.
Devido ao fato de adolescentes se caracterizarem geralmente pela ansiedade, contradição, idealização e questionamento, podem e devem ser favorecidos por modalidades expressivas que lhes permitam analisar, inventar e compreender. Dentre estas, destacamos a construção no processo arte terapêutico, que auxilia no autoconhecimento e na edificação de benefícios específicos das técnicas construtivas.
A criança com dificuldades de aprendizagem tem muitas vezes, problemas de comunicação verbal, causados por dificuldades de recepção, de compreensão da informação recebida ou de emissão.
A arte é um meio de comunicação não verbal e através dela, a criança pode se expressar por este meio alternativo. Mesmo a criança que não apresente comprometimento na linguagem tem muitos sentimentos profundos para expressar que são mais fáceis de mostrar visualmente do que através de conversa. Numa situação onde ela se sinta aceita ela pode mostrar sua visão do mundo, sem medo de critica.




Artigos sobre Educação / Profª Augusta Schimidt
Fevereiro/2007
Parte V

Contribuição da Arte nas dificuldades de aprendizagem

A criança com dificuldades de aprendizagem tem muitas vezes, problemas de comunicação verbal, causados por dificuldades de recepção, de compreensão da informação recebida ou de emissão.
A arte é um meio de comunicação não verbal e através dela, a criança pode se expressar por este meio alternativo. Mesmo a criança que não apresente comprometimento na linguagem tem muitos sentimentos profundos para expressar que são mais fáceis de mostrar visualmente do que através de conversa. Numa situação onde ela se sinta aceita ela pode mostrar sua visão do mundo, sem medo de critica.
A criança com problemas, tem em geral, pouca confiança em si mesma. Não acredita que consegue fazer algo mesmo antes de tentar fazer. Por isso nem tenta com medo de errar. Perde a curiosidade natural, protegendo-se atrás de um comportamento apático. Mas, lentamente ela vai percebendo a confiança que o professor tem nela e começa a perceber que é capaz de fazer.
Lentamente vai percebendo o resultado de seu próprio esforço e começa a fazer, pois em arte não existe o desenho certo e o desenho errado.
Muitas crianças aprendem que é proibido mexer nas coisas, se sujar, pegar em tudo. Mas em artes, espera-se que a criança participe, se envolva, manuseie os materiais. Ela sente que é bom amassar barro, melar as mãos com tinta, pintar com os dedos, passar as mãos em materiais com diversas texturas. Ela é incentivada a explorar todos os objetos, através de todos os sentidos inclusive do gustativo e sente prazer nisso. E ao mesmo tempo e de forma agradável, e sem perceber, ela desenvolve sua coordenação motora e viso motora.
Hora de criar
À medida que as crianças começam a valorizar seu próprio trabalho, podemos exigir delas um pouco mais estimulando-as a irem além do que já conhecem para inventar formas novas. Elas mesmas se surpreendem com o que são capazes de descobrir.
Numa situação onde se estimula a criatividade, a criança pode se soltar ser mais espontânea, tomar iniciativas.

Observando meus alunos, percebi que no desenho tudo subsiste ao mesmo tempo: “em apenas um olhar você enxerga tudo, já no texto escrito, você tem que ler palavra por palavra para poder entender”. Em suma, há uma simultaneidade na percepção dos elementos do desenho contraposta à linearidade da fala e da escrita.




Educando pelas diferenças –18/03/2005

“Antes de ensinar a criança a ler as palavras, é preciso ensina-la a ler o mundo”. (Paulo Freire)

A educação é o processo construtivo de um ser e por isto está presente em qualquer sociedade.
A prática de viver é o encadeamento de constantes transformações e Hoje, a pobreza afeta de maneira trágica a vida de grande parcela da população.
As pessoas negras e pobres enfrentam os maiores preconceitos e dificuldades em nosso país e tendo a sociedade brasileira sofrido um processo histórico que contribuiu para uma pluralidade étnica inserindo num mesmo cenário portugueses, índios e negros africanos, levou desta forma à construção de um país miscigenado marcado pelas diferenças. Tanto que na educação escolar construímos diferentes representações e valores.
As potencialidades humanas (diferenças), convivem de maneira conflituosa, nos revelando que o racismo, a intolerância e a discriminação social nos levam a intensos processos de discriminação. O poder e as diferenças sociais que dizem respeito aos grupos étnicos – raciais menos favorecidos foram transformados em desigualdade. Isso nos obriga a construir práticas democráticas que transformem a trajetória de nossos alunos em uma oportunidade de aprendizado, reconhecimento, respeito e construção à sua cidadania. Nossas crianças precisam vivenciar práticas pedagógicas que lhe possibilitem ampliar seu universo, superar os preconceitos e eliminar todo e qualquer comportamento discriminatório em relação aos outros.
Essa é uma tarefa bastante difícil, porém é a tarefa de todo educador, seja de escola publica ou particular. Não há como ser educador sem assumir uma postura ética e pedagógica.
A criança é produto de uma relação com o meio ou seja da diversidade de costumes, raças, comportamentos, crenças religiosas, e essa diversidade se manifesta na escola.
Entender a relação entre escola e diversidade cultural é inserir-se no contexto das lutas sociais, é assumir um posicionamento político e ético que transforme o nosso discurso em favor da escola democrática e das praticas afetivas e concretas.
Por trás da mão que segura o lápis, dos olhos que olham, dos ouvidos que escutam, há uma criança que pensa e essa criança que pensa quando respeitada e valorizada adquire autonomia e confiança aprendendo a desenvolver o sentimento de autovalorização estando assim pronta para enfrentar as diferenças.

Profª Augusta Schimidt




Espaços, Tempos e Disciplinas: As crianças ainda devem ir à escola?

Corpos dóceis

Conforme argumento (Veiga – Neto, 1996, 2000 a) existem 2 eixos inseparáveis:
eixo do corpo
eixo dos saberes
Ambos funcionando como matriz de fundo na qual um de nós assume como naturais os muros a que somos submetidos como sujeitos modernos. O poder disciplinar age sempre sobre algo que tem vida ou seja, algo que ocupa um lugar no espaço e existe num tempo finito.

Conclusão: Há domínio do poder como uma ação sobre outras ações, e as técnicas envolvidas no poder disciplinar operam necessariamente num espaço e num tempo determinados.
Várias práticas e vários artefatos que foram se firmando na escola moderna, servem de bons exemplos do caráter relacional do espaço ocupado pelos corpos infantis.
O resultado da combinação desses elementos é que o poder disciplinar não atinge um corpo livre no espaço.
O tempo

Assim como o espaço, é preciso que o tempo em que se dão as experiências individuais siga uma ordenação:
1º É preciso que o tempo seja individualizado, ou seja, separado tanto do tempo físico ( vida ) quanto do tempo social.
2º O tempo a que o corpo se submete deve ser fracionado. No âmbito escolar isso e’feito através dos horários, os quais possibilitam tanto o controle minucioso sobre as ações quanto a repetição cíclica dessas ações.
3º O tempo subjetivado permite tanto um controle minucioso sobre os movimentos do corpo quanto uma mais eficiente articulação entre esse corpo e os objetos que o circundam.




EDUCAÇÃO SEXUAL
P/ Profª. Augusta Schimidt/2007


Por envolver valores culturais e sociais, a sexualidade precisa ser ensinada sob os mais variados enfoques. Desde a publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais, em 1986, a Educação Sexual em muitas escolas ainda se restringe às aulas de Ciências.
Os temas propostos nos PCNs e sistematizados no projeto da FDE -, podem ser desenvolvidos em turmas do Ensino Fundamental, sempre tomando o cuidado de adaptar o conteúdo para as diferentes faixas etárias e níveis de conhecimento.

A ABORDAGEM EM DIVERSAS DISCIPLINAS ( de acordo com Nivaldo Leal dos Santos, gerente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo e responsável e coordenador do projeto Prevenção Também se Ensina).
ARTES
Estudo sobre a representação do corpo expressas em diversas épocas, nas diferentes manifestações artísticas.
Produção de desenhos, esculturas e pinturas que tenham como tema o corpo humano.
Montagem de cenas teatrais que tenham como tema o drama dos jovens em relação à gravidez na adolescência, sexo, amor, amizade etc.
Produção de campanhas publicitárias de prevenção à DST/AIDS e gravidez na adolescência.
Expressão corporal por meio da dança.
Discussão sobre a discriminação dos meninos nas atividades artísticas (dança principalmente).
CIÊNCIAS NATURAIS
Transformações do corpo na puberdade, relacionando-os também ás mudanças emocionais e psicológicas.
Mecanismos de concepção, contracepção, gravidez e parto.
Tipos de exames de sangue feitos nos testes de gravidez e HIV.
Formas de transmissão e de prevenção do vírus HIV.

EDUCAÇÃO FÍSICA
O respeito ao corpo e a construção de uma cultura corporal. Como gostar do próprio corpo e respeitá-lo, física e psicologicamente.
Questionamento dos padrões de beleza ditados pela mídia.
Atividades em que ambos os sexos possam fazer juntos, sem separação entre meninos e meninas.
GEOGRAFIA
Levantamento das regiões brasileiras em que a fecundidade é maior ou menor e suas razões.
Estudo das regiões mais afetadas pela epidemia da AIDS no Brasil e no mundo e as causas dessa vulnerabilidade.
Pesquisa sobre a forma como o vírus da AIDS se espalhou pelos diversos continentes.
HISTÓRIA
O papel da mulher na sociedade através do tempo, suas lutas e conquistas.
Como a sexualidade é vivida em diferentes culturas, tempos e lugares.
A expressão da sexualidade por meio do vestuário e da maneira de enfeitar e lidar com o corpo.
O corpo e os modos de usá-lo, representá-lo e valorizá-lo em diversas sociedades.
A homossexualidade e os povos antigos. A homossexualidade na história.
LÍNGUA ESTRANGEIRA
Exploração das diferentes conotações atribuídas ao masculino e ao feminino em vário países e culturas.
LÍNGUA PORTUGUESA
Estudo das regras do idioma que estabelecem o plural no masculino (o que inclui as mulheres). Por que o plural feminino exclui os homens?
Leitura de textos literários, jornalísticos ou poéticos que falem sobre situações de violência contra a mulher e contra homossexuais.
Análise dos verbetes “homem” e “mulher” no dicionário e as diferenças na forma de tratamento.
Percepção das características de gênero pela análise de personagens de romances de época.


MATEMÁTICA
Produção de gráficos e tabelas sobre: gravidez na adolescência no Brasil; avanços na epidemia da AIDS em diferentes populações.
Estudos sobre a possibilidade de engravidar nos diversos períodos do ciclo menstrual.

É importante que se saiba que segundo pesquisa realizada pelo ministério da Saúde, a partir de dados do Censo Escolar, as dificuldades começam no despreparo dos professores, passam pelo medo dos pais e pela atual cultura relacionada a sexo. O relatório mostra ainda que, quando existe alguma informação, ela não é aprofundada de forma que consiga transformar comportamentos.
As escolas recebem inúmeras crianças de vários níveis sociais e, no entanto, não há tempo, profissionais preparados e materiais adequados para desenvolver sequer as disciplinas obrigatórias, quem dirá os temas transversais, como o da sexualidade. É preciso que o Estado perceba que nem todos os professores são capazes de trabalhar o tema. O profissional de educação sexual precisa estar livre de preconceitos, sejam eles frutos de sua vivência, religião ou ponto de vista, pois um trabalho feito de forma preconceituosa pode ter o efeito contrário ao esperado.
O Ministério da Saúde e o Ministério da Educação desenvolvem o programa Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE). Programa este que estimula as escolas a adotarem a educação sexual em seus currículos e discute com pais, professores e diretores a melhor forma de distribuir preservativos aos jovens. O SPE também é desenvolvido em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Pesquisa feita pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e divulgada no ano passado, a escola é o segundo lugar mais apontado pelos jovens para obter informações sobre aids. Em primeiro vem a família e em terceiro a televisão.
Conforme o estudo do governo federal, a maioria das escolas tem o professor como responsável pelas atividades relacionadas à área de DST/Aids. Os professores capacitados para conscientizar os jovens correspondem a 43% do total pesquisado e os não capacitados são 35% do todo.
Profissionais de saúde de nível superior também participam das atividades em 36% das escolas, assim como os profissionais de saúde de nível médio (18%), membros de Organizações da Sociedade Civil (8%) e outros profissionais (19%). "Tratar sobre sexualidade e prevenção às doenças sexualmente transmissíveis e aids dentro do ambiente escolar tem contribuído para derrubar tabus e despertar a consciência dos jovens, promovendo uma transformação social onde há cada vez menos espaço para a discriminação.
O Programa Saúde e Prevenção nas Escolas preocupa-se em estimular ainda mais o ensino da educação sexual nas escolas. Para auxiliar na divulgação do programa, foi elaborado o Guia de Formação para Profissionais de Saúde, que auxilia na capacitação dos profissionais de educação e saúde que trabalham junto à população. Existe também o Guia de Formação para Jovens, com um conteúdo mais apropriado para essa faixa etária.
Além dos guias, são montadas oficinas macrorregionais com representantes da Secretaria de Saúde, Universidades e demais interessados no projeto. Nas oficinas surgem discussões de questões como sexualidade, doenças sexualmente transmissíveis, gravidez, cidadania e planos de ação.
O governo criou o Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE) em 2003. Além da prevenção de doenças, o programa também leva informação ao adolescente sobre o uso da camisinha para evitar a gravidez. A iniciativa surgiu com a proposta de trabalhar em conjunto as três esferas (federal, estadual e municipal) do governo nas áreas de Saúde e Educação.
Para implementar essas ações, o poder público conta com a colaboração da Unesco e da Unicef. O Saúde e Prevenção tem como finalidade ampliar ainda mais a disponibilização de preservativos nas escolas..
A Pesquisa sobre Comportamento Sexual e Percepções da População Brasileira sobre HIV e Aids (1998-2005), realizada pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), mostra que o brasileiro está usando cada vez mais o preservativo na sua primeira relação sexual. Em 1998, 47,8% dos indivíduos entre 16 e 19 anos utilizaram a camisinha na sua primeira relação. Em 2005 foi constatado que esse numero subiu para 65,8%.

O crescimento está relacionado com o aumento das campanhas de divulgação.

Proibir é lutar contra a natureza: Descobrir o corpo e como ele pode dar prazer (o corpo erótico) faz parte do desenvolvimento da criança. Ao perceber a sensação gostosa que o toque provoca, ela vai querer repetir o ato.
As aulas sobre sexualidade são marcantes para os jovens, pois nelas eles aprendem a conhecer seus desejos, necessidades e afetos (e a lidar com eles).
A postura do professor orientador ao tratar do assunto é muito importante. Por isso, os especialistas recomendam prestar atenção nos seguintes detalhes:
Qualquer dúvida, por mais simples que pareça, é relevante e pertinente.
Ouvir, mais do que falar, é a melhor conduta. Estimule o debate e deixe os estudantes tirarem as próprias conclusões.
Caso alguém pergunte, sua opinião sobre o tema deve ser dada no final da discussão.
Apresente informações científicas sempre que necessário, sem emitir juízos.
Para não expor ninguém, o ideal é levantar dúvidas sem personalizar (os estudantes encaminham as questões por escrito ou produzem cartazes em que todos escrevem o que já sabem sobre determinado assunto).
Perguntas sobre a conduta pessoal dos alunos são constrangedoras, pois pode parecer que você quer policiar as atitudes deles. Mantenha a discussão genérica, sem se intrometer na intimidade da garotada.
As escolas com programas de educação sexual costumam comunicar os pais sobre a iniciativa antes de iniciar as aulas.
Geralmente a idéia é bem acolhida. Mas muitas famílias temem que as conversas levem a uma iniciação precoce da vida sexual do adolescente, o que (obviamente) não é o objetivo da escola. Por isso, nas conversas com os familiares, cabe aos professores:
Mostrar que a educação sexual está prevista nos PCN e faz parte do projeto pedagógico.
Enfatizar que o papel da escola é passar informações científicas e propiciar o debate de temas pertinentes à idade de cada turma, tentando com isso aplacar as angústias dos adolescentes em relação ao tema.
Explicar que o objetivo maior é fazer com que os jovens tenham uma vida saudável e entendam o que acontece com eles quando os hormônios estão em ebulição.
Deixar claro que os valores morais e religiosos da família não serão questionados em nenhum momento.
Convidar os pais, sempre que possível, a participar de um bate-papo em sala de aula com os estudantes (eles podem contar como lidavam com a sexualidade quando eram adolescentes e, diante de um grupo grande de jovens, sem a pressão de estar "a sós" com o filho, ouvir os dilemas da moçada de hoje).
Proporcionar atividades paralelas aos alunos cujos pais se oponham à participação do filho nas atividades de educação sexual.
Pessoas com deficiências físicas, mentais ou sensoriais manifestam sua sexualidade tanto quanto os demais. O problema é que muitos os consideram "anormais" e, portanto, vêem essas atitudes também como anomalias. O tratamento deve ser igual para todos, com abordagem adaptada ao tipo de deficiência do aluno.
Com alunos com deficiência mental, é preciso tornar as informações mais acessíveis e repeti-las várias vezes usando linguagem simples, material concreto ou exemplos. Geralmente quem tem deficiência física apresenta auto-estima corporal baixa por não se enquadrar no "padrão de beleza". Falar do corpo, para eles, costuma ser difícil. Histórias de pessoas com deficiência que se realizaram pessoal e profissionalmente podem ajudar muito assim como a adaptação das atividades de sala de aula para incluí-los.
Alunos com deficiência visual precisam de material concreto para manipular, como modelos dos órgãos sexuais e esquemas em alto-relevo.
Já quem tem deficiência auditiva nem sempre consegue explicar suas dúvidas para o educador, que muitas vezes tem dificuldade para transmitir as informações a eles. A solução é usar muitas figuras, diagramas e esquemas para facilitar a visualização e a assimilação dos conteúdos.
Toda criança tem a tendência de imitar os adultos. O que normalmente vêem na TV, cenas de novelas e filmes faz com que elas comecem a despertar o desejo sexual de forma errônea tornando-se difícil a reeducação. Os pais precisam tomar consciência do que seus filhos fazem, assistem e aprendem.
A fase da descoberta é também a fase onde crianças e adolescentes testam limites e tanto em casa como na escola precisam ser informados dos limites, do que podem e do que não podem fazer. Portanto a educação sexual na escola desde o ensino fundamental é muito importante para o bom desenvolvimento da criança que pretendemos formar. A escola complementa a educação familiar contribuindo para que se formem verdadeiros cidadãos.





A escola como órgão de transmissão de cultura
(Resumo de Augusta Schimidt)

O patrimônio cultural só pode ser transmitido às novas gerações, pelo conjunto dos adultos e no contexto das suas atividades normais quando é homogêneo e simples.
Construção, manutenção e operação das maquinas = trabalhadores qualificados.
Conclusão: Esse processo histórico levou as escolas a se especializarem tanto no nível secundário e superior quanto no ensino artesanal.

2. Comunicação e Participação como Meios de Educação

Organizando uma escola, cria-se um ambiente especial, separado do ambiente social geral. Na escola aprende-se participando de atividades reais da sociedade.
Conhecimentos atingem o aluno, mediante filtragem e indiretamente, o que faz do educador a chave do processo educativo.
A Pedagogia “nova” propõe-se a fazer do conhecimento um instrumento para a atuação eficiente do educando na vida social e dos valores, forças reais, que rejam a sua conduta.




A Internet como Ambiente de Pesquisa na Escola
Texto de Augusta Schimidt

O mundo hoje vive em acelerado desenvolvimento onde a tecnologia está presente direta e indiretamente no nosso dia a dia.
E essa tecnologia favorece a aplicação de novas abordagens de ensino-aprendizagem permitindo técnicas pedagógicas avançadas com a utilização do computador cuja exploração estende-se em diferentes domínios, sejam eles sociais, econômicos ou educacionais.
Para isso é importante que as escolas estejam conectadas a uma rede onde os educadores utilizem os recursos disponíveis para atingir metas educativas específicas: (texto, vídeos, arquivos de som, documentos e programas).
A internet, versátil e poderoso instrumento no processo educativo é excelente recurso pedagógico à disposição do professor.
Alunos e professores integrados, com a ajuda da internet, elaboram seus trabalhos com certo esmero e rigor, pois serão vistos e lidos por outras pessoas sem contar que as redes telemáticas permitem a democratização da relação professor-aluno já que o professor deixa de ser o detentor único do conhecimento e o aluno deixa de ser o mero receptáculo passivo da informação fornecida pelo professor.
A internet faz parte da globalização e é uma forma de comunicação fácil e difundida através do ciberespaço.
É claro que podem surgir alguns problemas com a pesquisa na internet:
A confusão entre informação e conhecimento é um desses problemas pois dispomos de muitos dados e o conhecimento se constrói através da informação.
Muitos alunos se perdem no emaranhado da navegação muitas vezes indo atrás de interesses pessoais. O conhecimento se dá a partir do momento que o aluno passa a filtrar, avaliar, sintetizar, o que é mais significativo.
Outro problema é que se perde muito tempo na rede ao observar listas de discussão, dificuldades de se achar respostas corretas e confiáveis em pouco tempo, sem precisar abrir todos os sites oferecidos pelos serviços de busca.
Para resolver esses problemas alguns professores já indicam bons sites que podem ser usados pelos alunos nas pesquisas.
A impaciência de alguns alunos por mudar de um endereço para outro, os leva a aprofundar pouco as possibilidades que há em cada página encontrada.
E finalmente, conciliar os diferentes tempos dos alunos, pois uns respondem imediatamente e outros demoram mais.
Geralmente a lentidão pode permitir um maior aproveitamento assim como na pesquisa individual




Fragmentos de Ensaios
(Augusta schimidt)



Na Época das Luzes, no século XVIII, alguém especial se rebelou contra todas as formas de absolutismo.
Lutou pela supremacia da razão humana defendendo a liberdade intelectual e a independência do homem.
Fez discurso sobre a desigualdade entre os homens, defendeu pontos de vista e principalmente, defendeu que a felicidade e o bem-estar são direitos naturais de todas as pessoas e não privilégios de uma classe.
Influenciou o campo educacional através de sua obra e valorizou a natureza da criança e suas inclinações naturais.
Influenciou de forma importante a educação natural, resultante da ação dos instintos e não de imposições externas, defendendo a idéia de que não se deve fazer a criança infeliz hoje em nome de um futuro incerto.
Esse alguém tão especial – Jean Jacques Rousseau.



Psicologia da Educação
– A Psicologia entre os Gregos

A história do pensamento humano tem um momento áureo na Antiguidade, entre os gregos no período de 700a.C até a dominação romana às vésperas da era Cristã.
Os filósofos pré – socráticos preocupavam-se em definir a relação do homem com o mundo através da percepção.

Sócrates: ( 469 - 399aC ) – psicologia ganha consistência. Principal preocupação – limite que separa o homem dos animais. Ao definir razão como “essência humana”, abre caminho para a exploração pela psicologia.
Psyché (alma) – principio ativo da vida.
– A Psicologia no Império romano e Idade Média.


– A Psicologia no Renascentismo

Época de transformações radicais no mundo europeu. Inicia-se um processo de valorização do homem.

1513 – Maquiavel escreve O Príncipe, obra clássica da política.
1610 – Galileu estuda a queda dos corpos.

– A Origem da Psicologia Cientifica
Inicio da era Moderna

No século XIX, o papel da ciência destaca-se e seu avanço torna-se necessário e o capitalismo traz consigo o processo de industrialização para o qual a ciência deveria dar respostas e soluções práticas no campo da técnica.
Thorndike formulou a Lei do Efeito.